Santa Catarina incentiva investimentos para armazenagem de grãos em pequenas propriedades rurais

Grande consumidor de milho, Santa Catarina busca alternativas para incentivar a armazenagem de grãos nas propriedades rurais e reduzir os custos de produção. Os agricultores que decidem investir na construção de silos secadores, contam com o apoio da Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural em linhas de crédito especiais, uma aposta do governador Carlos Moisés para auxiliar produtores na busca de soluções.

Fotos: Paulo Cesar Menoncini / Epagri

Nesta segunda-feira, 17, o secretário adjunto Ricardo Miotto cumpriu roteiro no município de São Carlos, no Extremo Oeste catarinense, e acompanhou de perto o funcionamento da estrutura e os benefícios para os produtores.

“O saldo é muito positivo de poder ver in loco o uso dos recursos públicos, das políticas criadas pelo Governo do Estado e pela Secretaria, que são operados pela Epagri. A gente sente aqui na ponta o reconhecimento do produtor por essa aplicação do recurso público de maneira ágil, com celeridade e com um projeto muito bem feito pela Epagri em parceria com os municípios e a Secretaria”, destaca o secretário adjunto.

O silo secador permite manter a colheita de grãos na propriedade e garantir a qualidade do produto por mais tempo. O município de São Carlos conta com nove silos para secagem e armazenagem com capacidade para guardar até 16 mil sacos de milho. Desse total, seis estruturas foram construídas com o apoio da Secretaria da Agricultura na subvenção de juros de financiamentos ou créditos sem juros aos agricultores.

Os investimentos também permitem aos agricultores a diminuição do custo de produção de suínos e da ração para gado de leite. Somadas a redução dos custos de frete, secagem e beneficiamento, que passam a ser feitas na propriedade, o resultado é a maior lucratividade dos produtores.

Redução de custos

Na propriedade do José Cleo Kunst o silo secador se tornou uma ferramenta importante para reduzir os custos na produção de suínos. Com cerca de 800 animais alojados na granja e uma colheita média de 9 mil sacas de milho, a família decidiu investir na construção da estrutura para ter mais ganhos na propriedade e diminuir as despesas com transporte e armazenagem externa.

Para viabilizar a construção do silo secador, os produtores contraíram financiamento bancário e contaram com o apoio da Secretaria da Agricultura no pagamento de parte dos juros. “A Epagri nos ajudou no projeto para construção do silo e o Governo do Estado está pagando os juros com o Programa Menos Juros. Nós confiamos que possamos consolidar a nossa propriedade e esperamos ter uma boa colheita de milho”, ressalta José Cleo Kunst.

Tecnologia difundida pela Epagri

Os técnicos da Epagri são os maiores incentivadores para a construção de silos secadores na região Oeste e Extremo Oeste. “Esses silos têm dado uma maior autonomia para o agricultor, principalmente em tempos de custos elevados de produção, quando se considera, por exemplo, o transporte. Quanto mais autossuficiente a propriedade for, mais fácil ela consegue passar pela dificuldade de mercado e preço”, destaca o extensionista rural Paulo Menoncini.

A estimativa da família é de que em torno de três a quatro safras de milho os investimentos já estejam pagos. O silo secador normalmente é construído em alvenaria e fica sob um galpão. Na lateral dele é acoplado um ventilador que faz a secagem dos grãos com ar natural. O engenheiro agrônomo da Epagri, Adair Magnaguagho, explica que, nesse sistema a frio, a qualidade do grão é melhor. “A gente observa que o grão é muito mais macio e a moagem é eficiente, diferente do grão secado com calor, que fica duro e vitrificado”.

Para projetos como os da família Kunst, a Secretaria da Agricultura possui financiamentos tanto no Investe Agro SC, com a subvenção de juros, quanto na modalidade de financiamento direto no Fomento Agro SC, ambos executados via Epagri do município. “É um sistema financiado com recursos do FDR, que tem uma finalidade estratégica para as pequenas propriedades, tanto para produtores de suínos e aves, principalmente os independentes, quanto para os produtores de bovinos de leite que precisam fazer o complemento da nutrição com a ração”, finaliza Miotto.


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Paulo Henrique Santhias
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