A Penitenciária Agrícola de Chapecó dá exemplo de como as áreas agricultáveis podem ser utilizadas na produção de alimentos para consumo próprio e para abastecimento da população. O secretário de Estado da Agricultura e Pecuária, Valdir Colatto, visitou o complexo penitenciário para identificar possíveis parcerias que potencializem o trabalho já consolidado. Também realizou a entrega in loco de um trator 75 CV, que será utilizado para reforçar as práticas agrícolas da penitenciária, que nesse mês completa 50 anos.
Dentro do espaço de 96,8 hectares do Complexo Penitenciário de Chapecó, a área cultivada pelo setor agrícola corresponde a cerca de 40 hectares. Essa produção envolve servidores públicos e cerca de 25 internos do regime semi-aberto. A produção é voltada ao cultivo de hortifrutis, feijão, milho, mandioca, batata-doce, beterraba, cebola e alho.
O secretário de Estado da Agricultura e Pecuária, Valdir Colatto, destaca esse potencial de produção, que pode ser exemplo para todos os presídios do Estado. “Vamos buscar parcerias para potencializar o trabalho com mais assistência técnica e equipamentos, para que os presídios de SC se tornem um modelo de produção e trabalho, tendo como exemplo a Penitenciária de Chapecó”, destaca Colatto. Durante a visita, o secretário Colatto observou que há um enorme lago na Penitenciária, com potencial para se tornar criatório e fonte de produção de proteínas, por meio da piscicultura.
Essas atividades agrícolas passam a contar com o reforço de um trator 75 CV, adquirido por meio de convênio Federal 910994/2021/MAPA- Emenda da Bancada Federal e licitado pela Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária. O equipamento de R$ 186,9 mil irá contribuir para a qualificação e o desenvolvimento dessas práticas.
Segundo o superintendente da Região Oeste da Polícia Penal SC, Guimorvan Boita, essas parcerias são fundamentais. “Esse equipamento permitirá melhores condições de trabalho, agrega para aumentar a produção, padronizar e mecanizar algumas atividades. Reforça o compromisso do governo estadual com a valorização do trabalho e a reabilitação dos reeducandos”, destaca. De acordo com o superintendente, a produção agrícola é vendida para hospitais, mercados e é voltada para o próprio consumo dos internos. O faturamento na comercialização dos produtos agrícolas gira em torno de R$ 80 mil por mês.
Complexo Penitenciário
O complexo penitenciário de Chapecó diversificou as atividades agregando o segmento industrial. No espaço há empresa de fabricação de colchões, embalagens, segmentos de duchas, produtos de cama e banho, artigos para bebês, vestidos de festas, equipamentos de produção individual e uniformes. Também há convênio para atividades externas dos apenados.
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Andréia Cristina Oliveira
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