A Cooperserra, de São Joaquim, vai investir na implantação de uma unidade de processamento de chips, farinha e farelo de maçã. Isso será possível porque acessaram um financiamento de R$ 1 milhão do Fundo Estadual de Desenvolvimento Rural (FDR), por meio do Programa Financia Agro SC – Projeto Arranjos Produtivos Locais (APL), da Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (SAR). Esse programa já destinou neste ano R$ 2,07 milhões para financiar novos investimentos que permitam ampliar as cadeias produtivas de grupos organizados em cooperativas e associações.
A linha Arranjos Produtivos Locais (APL) apoia investimentos coletivos para estruturação de sistemas produtivos organizados, em um ou nos diversos elos da cadeia de valor. “O objetivo é auxiliar para dar solução aos gargalos produtivos, de logística ou de comercialização. É mais uma linha de financiamento que busca fomentar as oportunidades de geração de renda no meio rural”, afirma o secretário de Estado da Agricultura e Pecuária, Valdir Colatto.
O financiamento pode ser solicitado por grupo de agricultores, pescadores ou aquicultores organizados em Cooperativa ou Associação formal ou informal. O prazo para pagamento é de até cinco anos sem juros, com parcelas anuais. Está dividido em duas formas de enquadramento, em uma delas a soma dos projetos pode chegar a R$ 1 milhão por Unidade de Gestão Técnica da Epagri (UGT). O valor limite por projeto pode ser até R$ 500 mil, com participação direta no projeto de, no mínimo, 10 famílias.
Outra forma de enquadramento corresponde excepcionalmente à cota integral da UGT, que poderá ser destinada a um único projeto. Nesse caso, deverá ser submetido à análise e aprovação do Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural (Cederural). Essa forma de enquadramento é aplicada em situações que envolvam projetos de desenvolvimento regional, pela sua importância econômica e social e por decisão conjunta da Gerência Regional da Epagri e da Associação Regional dos Municípios.
A Cooperserra acessou os recursos a partir de projeto de apoio financeiro elaborado pela Epagri, juntamente com o responsável técnico da agroindústria da cooperativa. De acordo com o gerente regional da Epagri em São Joaquim, Marlon Couto, a Cooperserra percebeu a importância de ampliar a oferta de produtos derivados da maçã a partir de um estudo de mercado realizado por ela.
“Já o projeto para acessar a APL iniciou com uma aproximação entre a Epagri e a cooperativa durante a Exposuper 2024, realizada em junho, em Balneário Camboriú. Com o projeto elaborado, encaminhamos para e apreciação da SAR e aprovação pelo Cederural. Esse apoio do governo com certeza trará um impacto positivo nas receitas da cooperativa e no aproveitamento total do resíduo proveniente da produção do suco de maçã, pois agora será transformado em farinha e farelo de maçã para venda a mercado regional e nacional”, afirma.
Os recursos para a Cooperserra já foram repassados. Esse é o maior valor financiado pelo FDR até hoje para um único projeto. A Cooperativa Regional Agropecuária Serrana – Cooperserra foi fundada em 1977, têm 115 sócios, dos quais 66% são agricultores familiares. “Esse investimento irá ampliar o negócio e possibilitar em 100% o aproveitamento da maçã, vai gerar renda e agregar valor à agricultura familiar”, afirma o presidente da Cooperserra, Mariozan Correa.
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Andréia Cristina Oliveira
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