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A passagem de fortes chuvas e granizo por Santa Catarina no final de novembro causou danos principalmente nas lavouras de fumo, cebola e milho (grão e silagem), segundo levantamento realizado pelas equipes da Epagri. Os maiores impactos econômicos estão nas microrregiões de Rio do Sul, Videira, São Joaquim e Lages.
Estima-se um total de R$322,4 milhões em prejuízos. Os produtores que registraram perdas nas estruturas produtivas podem acessar os programas emergenciais, que integram as políticas públicas executadas pela Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (Sape).
“Junto com o governador Jorginho Mello, estivemos nas áreas atingidas para ouvir de perto os produtores e verificar a extensão dos danos. As informações apuradas pelas equipes da Epagri são essenciais para orientar as ações do Governo e assegurar que as políticas públicas cheguem rapidamente às famílias rurais que mais precisam”, afirma o secretário de Estado da Agricultura e Pecuária, Carlos Chiodini.
O presidente da Epagri, Dirceu Leite, explica que os dados foram coletados diretamente no campo, garantindo precisão e confiabilidade. Apesar das perdas registradas, ele está otimista com as safras. Isso porque culturas como fumo, milho e soja, mesmo com prejuízo total nas áreas atingidas, permitem replantio.“Nesses casos, o impacto não necessariamente vai se traduzir na redução da safra estadual no próximo ano. Nosso compromisso é seguir acompanhando cada região, orientando os agricultores e articulando ações para apoiar a recuperação das propriedades afetadas”, diz ele.
Culturas e regiões mais atingidas
Entre as culturas, o fumo concentra o maior impacto econômico, com R$207,5 milhões em perdas, reflexo principalmente da forte presença produtiva na região de Rio do Sul. A cebola aparece em seguida, com prejuízo total de R$38,1 milhões, enquanto o milho soma R$29,4 milhões. As benfeitorias registram perdas de R$2,8 milhões.
A região de Rio do Sul concentra 90% dos danos (R$290,5 milhões), seguida pelas regiões de Videira (R$24,1 milhões), São Joaquim (R$3,7 milhões) e Lages (R$1,36 milhão). Também houve perdas expressivas em soja, frutas de caroço, horticultura, maçã, uva, arroz, tomate, feijão 1ª safra, além de relatos de outras perdas pontuais em citros, banana, alho e frutas diversas.

Apoio aos produtores
O Governo de Santa Catarina, por meio da Sape, apoia os agricultores afetados por eventos climáticos extremos, através de programas emergenciais. O Reconstrói SC financia até R$20 mil por família para recuperar estruturas e equipamentos, com 50% de desconto para pagamentos em dia. O Pronampe Agro SC Emergencial concede até R$100 mil por família, com juros subsidiados em até 3% ao ano e prazo de oito anos.
O Projeto Emergencial Recupera Maçã SC apoia produtores de maçã com até R$100 mil para reposição de mudas e reconstrução de proteções, oferecendo desconto de até 30% por pagamento em dia. O Proteção de Pomares financia até R$150 mil por família para instalar telas antigranizo, com prazo de até oito anos e subvenção de juros de até 3% ao ano.
O Sistema Antigranizo é voltado a implantação e operacionalização de um sistema de controle de granizo com geradores de solo automático, em convênio com os municípios.
Para potencializar a produção catarinense e garantir renda ao pequeno produtor que sofre com as intercorrências climáticas, o agricultor também pode contar com o Safra Garantida SC. O Programa oferece subsídio estadual de até R$1,5 mil referente à taxa de adesão ao Proagro Mais.
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